terça-feira, 9 de abril de 2013

Estado da Nação

Ontem, depois de ouvir o noticiário da SIC, mais especificamente o comentador Miguel Sousa Tavares, sinto-me ainda mais revoltada, quando ele disse que o Estado andou a gastar durante vinte anos mais do que devia, que o Estado está falido e que ainda não cortaram aonde realmente deviam. Será que ninguém viu a trampa que estavam a fazer? Para quê tanto economistas e doutores? Aonde estão os culpados? Por acaso não devem ser punidos? Que raiva...

Depois é o procrastinar dos cortes onde realmente eles deviam ser feitos, nos diferentes organismos públicos que se foram criando e não servem para nada, nomeadamente nos controversos observatórios, que ninguém sabe aonde existem ou se quer se existem; nas fundações, pelo menos nalgumas, que andam a encher os bolsos a muita boa gente; nas câmaras municipais, todos conhecem pessoas nas câmaras municipais que lá estão devido a favores eleitorais e não têm nada para fazer, passam o dia no facebook, etc e tal. Muitos exemplos havia para dar.

O que se tem feito sempre, que é o caminho mais fácil e não dá muito que pensar é: aumentar impostos ao trabalhador, cortar na saúde e educação. Ainda a propósito da educação, também vi a reportagem do Nuno Crato com o ministro de educação de Espanha, parece que este último andou de visita a algumas escolas do País, as xpto, claro! Mas o comentário que mais gostei foi o da jornalista, que no final disse: "Deu para perceber que as salas de aula estão a abarrotar?" E agora perguntou eu: "E a qualidade do ensino vai para onde? Para o espaço?". Neste país só quem tem dinheiro é rei...

Eu tenho culpa desta crise? Tu tens culpa desta crise? Então porque estamos a pagar por ela, por eles... A classe política está totalmente desacreditada, daquilo que observo, os portugueses estão muito reticentes relativamente a tudo e a todos, só que somos pacíficos, pacatos, até o dia em que a mostarda nos chegue realmente ao nariz... Eu até aceitaria todas estas medidas se visse melhorias mas não avisto nenhuma, nem a longo, nem a curto prazo. Neste momento estamos sob a alçada da troika e, ou aguentamos ou abalamos...

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