terça-feira, 30 de abril de 2013

Concurso de Professores

Acabei de submeter a minha candidatura do concurso de professores que decorre por estes dias  e estou com uma sensação muito estranha. Aquilo parece um euromilhões. Mas é bem pior, com todas as restrições e regrinhas que aquilo tem, se não tens o olho aberto, já foste!!! A sério, isto é mesmo para mandar pessoal para o olho da rua. Sinto que somos meros números, uns autênticos fantoches neste palco da vida. Vida? Que vida têm os professores? Estão constantemente a serem colocados em cheque e ninguém os respeita. Até mesmo dentro da própria classe é o salve-se que puder!!!

 Quanto ao concurso, as áreas (os chamados quadros de zona pedagógica) foram muito, mas mesmo muito alargadas, de vinte e três quadros de zona pedagógica passámos para dez quadros de zona pedagógica a nível de Portugal Continental, de menos de 100 km de distância passou a 200 km. Isto é, também, para dissuadir pessoal a desistir da profissão, pois os professores neste momento não têm direito a ter vida própria.

E cada professor é obrigado a concorrer para duas áreas pedagógicas (apenas um exemplo, a distância entre dois extremos de duas áreas pedagógicas, na vertical, é de 300 km, mas atenção, existem outros exemplos piores). Faz-me lembrar o antigamente, em que me contam, que os professores para casar, tinham de pedir autorização ao governo. É o regresso da ditadura, sem margem para dúvidas! Para não falar que temos de concorrer a um mínimo de escolas até um máximo e também mínimo de concelhos até um máximo. Ah!!! E depois de concorrer e submeteres com a palavra-passe a candidatura, se não acederes a ela e a imprimires, também, já foste. São só pormenores...

E no meio desta salsada toda, ainda existem as famosas excepções, que beneficiam uns, deixando de fora outros. As chamadas injustiças, compadrios ou até se podem chamar sortes. Cada um nasce pró que nasce!  E é assim, a vida de professor! Viver na incerteza, na angústia, na solidão! Ninguém quer isto, pois não?

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